quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Fugiste ...

E com um simples amo-te, desapareces … 
Foges , desapareces , e contigo levas o meu amor e a minha capacidade de acreditar , toda a minha fé , despojas-me de todo e qualquer sentimento , empurraste-me para o vazio …
Ergo os braços em busca de auxilio, mas ninguém estende a mão ,estou enterrado em areias movediças, resisto mas sou consumido e aos poucos , sufoco , cego , apago . Posso dormir , posso comer , posso sonhar , mas sem ti ? sem ti não existo , apenas sobrevivo, apenas sinto um ardor dentro do peito e na boca o amargo sabor a bílis provocado pela tua ausência , apenas suspiro, e em cada suspiro meu acrescento uma nuvem aos céus , minha mágoa é uma oferenda aos deuses, sou e sempre serei uma espécie de mártir , sofro para te sentires feliz , morro para tu viveres .
Nesta tarde de inverno , sinto os primeiros raios de sol desde há muito tempo beijarem meu rosto, mas ,não compreendo , não percebo , não aprecio esta doce dadiva ! Com uma palavra levaste tudo e deixaste me à deriva .
Pergunto – me onde errei , e talvez , o meu maior erro tenha sido amar-te com todas as forças , ter acreditado , se calhar o erro foi ter vivido demais , ter sonhado alto , e agora , aterro , sem pára-quedas vejo o chão aproximar-se e não posso , não tenho forças para resistir , o meu maior erro foi amar-te com a força de Mil Sois .
A cada suspiro meu, sinto uma faca penetrar minha carne , cada vez mais fundo, cada vez é mais doloroso, por dentro sangro , morro aos poucos , como uma flor sem água, como um peixe em terra.

Fugiste, e não vais voltar …
Sobrevivo, resta-me sofrer, e para sempre fica o Porquê?

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